O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (13/8), que a autoridade monetária terá de perseverar no processo de convergência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para a meta. Segundo ele, o ritmo da desinflação tem arrefecido no Brasil.
“O Banco Central tem atuado de forma técnica e autônoma para cumprir as suas missões”, disse, lendo um slide preparado para uma palestra na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. “Mais recentemente, as decisões têm sido todas unânimes no colegiado, o Comitê de Política Monetária”, acrescentou Campos Neto.
O presidente do Banco Central explicou que o cenário internacional tem se mantido adverso e que há problemas relacionados ao aumento da dívida global e riscos associados à eleição nos Estados Unidos e à desaceleração da economia chinesa. Ele afirmou que é possível observar um movimento de desinflação global. “A inflação tem caído quase em sintonia”, disse.
Campos Neto, afirmou, ainda que a pandemia basicamente sincronizou muito os ciclos de vários países, por causa dos estímulos monetários e fiscais, e que o período de desinflação é um pouco diferente por causa do peso de componentes nas diferentes regiões. Segundo ele, na América Latina, por exemplo, o peso dos alimentos é maior do que em países avançados.
O presidente do Banco Central ressaltou ainda que quando se olha para outros países, há uma preocupação maior com alguns casos, como o da Austrália, onde a inflação voltou a subir. “O grande questionamento é o que vai acontecer nos Estados Unidos, que serve como um elemento, como balizador em termos de política monetária”, disse.
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