O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (12/8) que a autarquia tem feito tudo que é possível para mostrar que é "técnica". A fala foi dada durante palestra no evento de inauguração do novo campus da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), em São Paulo.
"A gente tem feito o máximo possível no sentido de mostrar que é técnico, que o grupo é coeso, que não importa quem vai estar lá, o BC vai agir sempre de forma técnica", disse. “Não importa se eu vou estar lá, se eu não vou estar lá, quem vai estar lá. Nós obtivemos autonomia para isso”, emendou.
Campos Neto também reforçou que o BC fará “o que for preciso” para a inflação estar na meta.
Segundo ele, há uma coesão entre os diretores. “A gente tem tido uma mensagem inequívoca e consensual de que o Banco Central vai fazer o que for preciso para trazer a inflação para a meta. Acho que é muito importante, independentemente de quem seja o presidente, de qual seja o mandato. Isso está muito sedimentado no grupo que a gente tem hoje e nos debates que nós fazemos”, frisou.
O presidente da autoridade monetária comentou ainda que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil — que alcançou em julho o teto da meta, de 4,5% — vinha desacelerando, mas que recentemente "subiu um pouquinho", ponderando que os itens menos voláteis estão relativamente comportados.
Na apresentação, Campos Neto apontou também que as políticas fiscal e monetária são fatores que geram incerteza e elevação de prêmio de risco no país, argumentando que o BC tem feito um esforço para mostrar que trabalha com seriedade para levar a inflação à meta de 3%.
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