Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 0,38%, ficando 0,17 ponto percentual (p.p.) mais alto do que o de junho (0,21%). Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa elevação do índice foi puxada pelos preços da gasolina, que subiu 3,15%, e também pelas passagens aéreas, que subiram 19,39%.
Outra contribuição para a alta do IPCA veio das tarifas de energia elétrica residencial (1,93%). O gerente do IPCA, André Almeida, observa que, “em julho temos férias escolares, o que concorreu para o aumento das passagens aéreas. Além disso, neste mês passou a vigorar a bandeira tarifária amarela para a energia elétrica residencial, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh, ocasionando elevação de preços”.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Transportes e Habitação
Em julho, houve alta de preços em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA. A maior variação (1,82%) e também o maior impacto (0,37 p.p) sobre o índice de julho vieram do grupo dos Transportes, com Habitação a seguir (0,77% e 0,12 p.p.).
- Leia também: Inflação acelera e supera expectativas do mercado
Por outro lado, os preços do grupo Alimentação e Bebidas recuaram 1,00% e foram responsáveis pelo impacto negativo mais intenso sobre o IPCA de julho (-0,22 p.p.). Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho.
André lembra que o recuo de preços da alimentação no domicílio ocorreu “após nove meses consecutivos de alta. O aumento da oferta de diversos produtos agrícolas contribuiu para a redução dos preços”. As principais quedas foram do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%), batata inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%).
Entre as 16 localidades onde o IBGE coleta preços para o cálculo do IPCA, as maiores altas de preços foram em São Luís e Rio Branco (0,53%, ambas), sob influência das altas da gasolina (5,78% e 2,43%, respectivamente).
Por outro lado, os recuos na Alimentação no Domicílio, principalmente no tomate, fizeram com que as regiões metropolitanas de Salvador e Aracaju tivessem as menores variações (0,18%, ambas).
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br