O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) encerrou o dia de negociações em queda de 1,21%, aos 125.854 pontos. Nesta sexta-feira (2/8), pressões externas impactaram de maneira mais acentuada a movimentação da bolsa brasileira. Dados do payroll, nos EUA, que indicam um aumento no nível de desemprego impactaram nas negociações de papeis nas bolsas de Nova York e no Brasil.
Enquanto isso, o câmbio do dólar recuou 0,45% e interrompeu uma sequência de duas altas mais fortes, encerrando o pregão cotado a R$ 5,70. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,54%, para 39.726 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 recuou 1,85%, a 5.345 pontos, enquanto que o Nasdaq perdeu 2,43%, para 16.773 pontos.
Com a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos nesta sexta, que indicaram um aumento de 4,1% para 4,3% no índice de desemprego do país em junho, o mercado já começa a precificar as estatísticas publicadas pelo Departamento de Trabalho dos EUA.
Ao todo, no mês, foram criadas 114 mil novas vagas de trabalho em junho. O resultado foi bem inferior aos 175 mil previstos por analistas do Consenso LSEG. Com resultados aquém do esperado pelo mercado sobre o nível de desemprego no país, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos operaram em forte queda.
Na avaliação do CEO do Transferbank, Luiz Felipe Bazzo, a queda do dólar foi motivada pela pressão após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter os juros na última quarta-feira (31/7), mas comunicar que, caso os dados venham conforme o esperado, pode de fato ser discutido um corte em setembro.
“Além disso, dados foram monitorados e houve algum ajuste nas perdas mais para o fim da tarde, após relatos de que o Irã confirmou que pretende atacar Israel, como retaliação pela morte de um líder do Hamas no país persa. O iene, por sua vez, avançou após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) elevar juros mais cedo”, argumenta.
Apesar da queda diária, no entanto, o câmbio do dólar encerrou a semana em alta de 0,93% com uma maior desvalorização do real. Para o consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, o que tem motivado esse amplo movimento de perdas da moeda brasileira, mesmo diante de um processo de desvalorização da moeda norte-americana, é a taxa de juros.
“A manutenção da taxa real de juros em níveis excessivamente elevados manteve o Brasil como uma espécie de porto seguro para investidores financeiros internacionais, garantindo excelentes retornos financeiros com a segurança de investir em uma das maiores economias do mundo”, sustenta.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br