INDÚSTRIA

Produção industrial tem forte alta de 4,1% em junho, aponta IBGE

Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), trata-se do resultado positivo mais intenso desde julho de 2020

Na atividade de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, houve ganho acumulado de 6,2% em dois meses consecutivos de expansão na produção, após comportamento predominantemente negativo entre dezembro de 2023 e abril deste ano -  (crédito: Divulgação/Petrobras )
Na atividade de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, houve ganho acumulado de 6,2% em dois meses consecutivos de expansão na produção, após comportamento predominantemente negativo entre dezembro de 2023 e abril deste ano - (crédito: Divulgação/Petrobras )

Na passagem de maio para junho, a produção industrial do país teve uma alta de 4,1%, interrompendo dois meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 1,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada nesta sexta-feira (2/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).

Com essa alta, o setor industrial marcou o resultado positivo mais intenso desde julho de 2020, quando havia registrado alta de 9,1%. Os resultados de junho levaram a indústria a ultrapassar o patamar pré-pandemia (2,8% acima de fevereiro de 2020). No entanto, o setor ainda se encontra 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. 

Para o gerente da pesquisa, André Macedo, em linhas gerais, cabe destacar que o avanço mais acentuado observado em junho de 2024 está relacionado não só com a base de comparação depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção, “mas também pela volta à produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024”, ressaltou.

Outras atividades

Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram em junho. As influências positivas mais significativas viram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

“Na atividade de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, observa-se um ganho acumulado de 6,2% em dois meses consecutivos de expansão na produção. É importante lembrar que essa atividade vinha de um comportamento predominantemente negativo entre dezembro de 2023 e abril deste ano. O crescimento recente vem sendo impulsionado, principalmente, pelo álcool e pelo grupamento de derivados do petróleo”, pontuou o gerente da pesquisa.

O setor de produtos químicos, com alta de 6,5% em junho, eliminou o recuo de 2,7% observado no mês anterior. “Esse é um setor que, de forma direta ou indireta, sofreu com os impactos das chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul. Algumas plantas industriais tiveram paralisações. Com isso, o avanço observado em junho é, primordialmente, um fator de compensação, mas que suplanta a queda assinalada em maio”, explicou Macedo.

A respeito das outras duas atividades com maiores influências positivas, o gerente da PIM apontou que, no setor de produtos alimentícios (2,7%), que representa cerca de 15% da atividade industrial do Brasil, houve alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves. Já para as indústrias extrativas (2,5%), os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansões: minério de ferro e petróleo.

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postado em 02/08/2024 09:52 / atualizado em 02/08/2024 09:58
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