A Dívida Pública Federal (DPF) registrou, em junho, um crescimento de 2,25% em relação ao mês anterior, de acordo com dados do Tesouro Nacional, divulgados nesta segunda-feira (29/7). Os números foram publicados no Relatório Mensal da Dívida (RMD), que mostra ainda que o estoque total da DPF avançou de R$ 6,91 bilhões em maio para R$ 7,06 bilhões no mês passado.
A taxa flutuante obteve a maior participação entre os indexadores na dívida pública, com uma parcela total de 43,7% em junho. Na sequência, aparecem índice de preços (29,2%), títulos prefixados (22,7%) e câmbio (4,4%). Apesar de todos os grupos aumentarem seus estoques, apenas o câmbio obteve uma participação maior, na comparação com o mês anterior.
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A emissão líquida, que alcançou R$ 82,2 bilhões em junho, e a apropriação positiva de juros (R$ 73,8 bilhões) foram os maiores responsáveis pela variação da DPF em junho, de acordo com análise do Tesouro.
“O estoque da dívida já começa a ser aproximar do intervalo que a gente espera alcançar do PAF (Plano Anual de Financiamento) de 2024”, avalia o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias. O PAF é utilizado para informar os agentes do mercado financeiro sobre os rumos da dívida pública.
Sobre a conjuntura externa atual, o coordenador da DPF avalia que a comunicação do Federal Reserve (Fed) — Banco Central dos EUA — reduziu as expectativas de flexibilização mais intensa da política monetária no país.
“Ainda assim, as taxas de juros das treasures recuaram, em sinais de controle, e as bolsas recuaram registrando recordes. Mas, na América Latina, em função das eleições do México, houve uma deterioração da percepção de risco da região”, pontua Helano.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) apresentou um aumento de estoque de 1,93% em junho, com o valor atingindo R$ 6,7 bilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou uma alta de 9,86% em relação ao nível de maio, e encerrou o mês com um estoque de R$ 313,61 bilhões.