G20

EUA não vê necessidade de acordo global para taxação dos super-ricos

Secretaria do Tesouro americano diz que o acordo proposto pelo Brasil é "difícil de coordenar" e defende que haja uma tributação progressiva

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira (25/7) que a taxação dos super-ricos, defendida pela presidência brasileira no G20, deve ser implantada individualmente por cada país. A jornalistas, ela defendeu que haja uma tributação progressiva, sem a necessidade de um acordo global.

“Estamos felizes em trabalhar com o Brasil nisso, provocando essas ideias no G20, mas a política tributária é muito difícil de coordenar globalmente e não vemos a necessidade, nem achamos que seja desejável, tentar negociar um acordo global sobre isso. Todos os países deveriam se certificar de que seus sistemas tributários são justos e progressivos”, afirmou Yellen, que disse ser preferível que “cada país se ocupe do próprio sistema fiscal".

Ela lembrou que o governo do presidente Joe Biden fez propostas no sentido de tributar os bilionários. “Os EUA defendem uma taxação adequada que garanta que as pessoas de alta renda paguem uma alíquota justa. Somos a favor da taxação progressiva”, acrescentou.

A secretaria afirmou que os EUA ainda estão trabalhando na implementação dos pilares 1 e 2 recomendados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para evitar a elisão e a guerra fiscal.

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