O faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) avançou 1,2% em junho na comparação com o mesmo mês em 2023, de acordo com levantamento conduzido pela Omie (sistema de gestão empresarial). O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) considera empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais divididas em 701 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços.
Apesar do crescimento, o economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, Felipe Beraldi, avalia que este movimento deve perder força ao longo do ano, pelo fato de não ter sido disseminado em diversas categorias. Além disso, no comércio, ainda há uma trajetória de recuperação nos últimos meses, após um ano mais desafiador. Em junho, este setor cresceu 1,9%.
“Este movimento tem sido impulsionado, principalmente, pelo segmento atacadista – que apresentou um aumento significativo de 6,9% na comparação anual”, analisa Beraldi. Já as PMEs industriais seguiram em trajetória de crescimento, com alta de 5,3% em junho. Os principais destaques são a fabricação de celulose, papel, móveis, impressão e reprodução de gravações.
Em relação às PMEs do varejo, o especialista avalia que ainda há um desafio maior para retornar ao ritmo de crescimento. Em junho, o segmento registrou queda de faturamento em 1,3%. Apesar disso, as lojas de departamento e o varejo de livros fecharam o mês em crescimento.
Já o setor de serviços apresentou uma redução de 1,7% no faturamento real em junho, enquanto que as pequenas e médias empresas do setor de infraestrutura tiveram uma queda ainda maior, de 4,1%. “Ainda que o resultado de junho aponte certo desaquecimento ante os meses anteriores – especialmente no setor de Serviços –, ainda é cedo para antever que esse movimento seja uma tendência mais duradoura no curto prazo, diante de um contexto de consumo ainda sustentado pelo avanço da renda das famílias”, conclui o economista.
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