Após uma sequência de adiamentos, o programa Voa Brasil, que deverá oferecer passagens aéreas de até R$ 200, será finalmente lançado na próxima quarta-feira (24/7) em uma versão desidratada. Com nova reformulação, a primeira fase será focada em descontos apenas para aposentados.
A ideia inicial era de que o programa fosse mais amplo, incluindo também alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudos para alunos de baixa renda. Esse grupo ficará para uma segunda fase, que não tem previsão de lançamento.
No primeiro ano, devem ser colocados à venda até 5 milhões de bilhetes para aposentados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses.
As passagens oferecidas são aquelas classificadas como ociosas pelas companhias aéreas, poltronas não vendidas por falta de demanda. Ainda não há detalhes sobre questões como a antecedência em que os beneficiários poderão solicitar a passagem, que depende da dinâmica de vendas.
Segundo integrantes do governo, será criado um site específico para o programa, que deve ser acessado por meio do cadastro do gov.br. Esse banco de dados contará com informações como, por exemplo, se a pessoa viajou no último ano.
A justificativa para deixar estudantes para uma segunda fase é de que foram identificadas dificuldades técnicas para filtrar aqueles que cumprem o requisito de não ter voado nos últimos 12 meses. Para os aposentados já existe uma base de dados que monitora as viagens de avião.
Promessas
Anunciado em março de 2023, o lançamento foi prometido ao menos 10 vezes e por dois ministros de Portos e Aeroportos. O ex-titular da pasta, Márcio França, que agora comanda o Ministério do Empreendedorismo, previa o lançamento em agosto do ano passado, o que acabou não se concretizando.
Desde que assumiu a pasta, em setembro, o ministro Silvio Costa Filho vem tentando tirar a ideia do papel. O programa carregava grande expectativa por parte da população, que esperava que os bilhetes a R$ 200 fossem ofertados a todos.
O anúncio era esperado em janeiro de 2024, mas sofreu mais uma série de adiamentos justificados pela “falta de agenda” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na previsão mais recente, a solenidade aconteceu em junho, mas acabou adiada mais uma vez devido às enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com o ministério.
Diante da delonga, o lançamento do programa já é considerado uma lenda pelos eleitores, que aguardam a promessa de política para o barateamento das passagens.
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