O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,21% em junho. Segundo os dados, divulgados nesta quarta-feira (10/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma desaceleração em relação ao mês de maio, quando o indicador registrou 0,46%.
O resultado também veio abaixo do esperado por analistas de mercado, que projetavam o índice acima de 0,30%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. O maior impacto foi da alimentação, cujos preços subiram 0,44%.
A alimentação no domicílio desacelerou de 0,66%, em maio, para 0,47%, em junho. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa, do leite longa vida, do café moído e do arroz. No lado das quedas, destacam-se os legumes, como cenoura e cebola, e as frutas. A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,37%, ante 0,50% no mês anterior.
O segundo maior impacto em junho veio da saúde e cuidados pessoais, com variação de 0,54%. O grupo foi influenciado por uma alta de 1,69% de perfumes, além da subida de 0,37% dos planos de saúde.
“Neste caso, decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Assim, no IPCA de junho, foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Resultado por grupos
- Alimentação e bebidas: 0,44%;
- Habitação: 0,25%;
- Artigos de residência: 0,19%;
- Vestuário: 0,02%;
- Transportes: -0,19%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,54%;
- Despesas pessoais: 0,29%;
- Educação: 0,06%;
- Comunicação: -0,08%.
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