Avaliação

Confiança da indústria atinge menor patamar desde maio de 2023, segundo CNI

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) está praticamente acima da linha de confiança neutra, aos 50,1 pontos

No setor industrial, o empresário segue cada vez mais pessimista com a trajetória da economia brasileira, como aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em julho, o nível de confiança do segmento recuou ao patamar mais baixo desde maio de 2023, aos 50,1 pontos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10/7), no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que é publicado mensalmente.

O índice varia entre 0 e 100 pontos. Abaixo de 50, a CNI considera que o setor está pessimista. No resultado apurado em julho, a entidade destaca que o nível de confiança é praticamente neutro, sem muita expectativa de piora, tampouco de melhora dos resultados macroeconômicos.

Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o fim dos cortes na Taxa Selic e as mudanças no câmbio contribuíram para a queda da confiança dos empresários industriais. “Ao analisar os componentes do ICEI, vemos com clareza que a queda foi causada pela avaliação dos empresários sobre a economia brasileira, tanto atualmente quanto para os próximos meses”, avalia o responsável pela pesquisa.

O ICEI é formado por duas variáveis: o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. O primeiro indicador recuou 1,8 ponto em julho e atingiu 44,4 pontos, dentro da zona de pessimismo. Com isso, a avaliação dos empresários sobre o cenário econômico atual é pior do que na comparação com os seis meses anteriores à pesquisa.

Já o indicador que mede as expectativas do setor segue dentro do patamar otimista (52,9 pontos), apesar de ter recuado 1,1 ponto em julho. Ao considerar apenas a percepção sobre a economia brasileira, o cenário é pior: queda de 2,9 pontos no último levantamento, com recuo de 47,1 pontos para 44,2 pontos. Na avaliação da CNI, “há uma deterioração das expectativas da indústria para os próximos seis meses da economia brasileira”.

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