Após três dias consecutivos de alta, renovando máximas, o dólar comercial teve uma trégua terminando esta quarta-feira (3/7) com queda de 1,71%, cotado a R$ 5,568.
O recuo coincide com o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o tema e as expectativas sobre a reunião do mandatário com ministros da ala econômica, nesta quarta-feira (3/7). Nos últimos dias, o chefe do Executivo tem direcionado críticas recorrentes ao comando do Banco Central (BC) e à política monetária do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
Na véspera, Lula afirmou que a alta constante da moeda norte-americana faz parte de um “jogo especulativo” contra o real e acusou Campos Neto de ter um viés político. O petista tem reunião no fim da tarde desta quarta com ministros, onde deve tratar sobre a alta do câmbio.
Antes do encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o dólar “vai se acomodar” com as medidas que estão sendo tomadas pela equipe econômica. Ele também afirmou que o Banco Central “tem autonomia” para atuar no equilíbrio da moeda norte-americana.
O mercado segue cauteloso em relação ao rumo das contas públicas e a guerra política entre o governo e o BC. "Para que o dólar apresente uma redução em relação ao real, o governo brasileiro precisa adotar uma política fiscal mais rigorosa e transparente, bem como melhorar a comunicação com o mercado financeiro. A confiança dos investidores é fundamental para atrair e manter capital no país”, afirma Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.
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