Leilão de arroz

Ministro descarta novo leilão de arroz: 'Os preços já cederam'

De acordo com o Fávaro, o governo deve investir no incentivo à produção nacional. Pasta se reúne nesta quarta com federação de produtores e representantes da indústria

Após duas tentativas frustradas, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (3/7) que o Brasil não deve realizar novos leilões para importar arroz. A medida seria tomada com o objetivo de conter uma eventual alta de preços ou desabastecimento do item devido as enchentes no Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção nacional. 

O primeiro certame, marcado para o dia 21 de maio, foi suspenso. O segundo, que ocorreu no dia 6 junho, acabou sendo anulado pelo governo após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.

"Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões. Mas o fato real é que, com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais", disse Fávaro, em entrevista à GloboNews.

De acordo com o ministro, o governo deve investir no incentivo à produção nacional. Ainda nesta quarta a pasta tem uma reunião com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e representantes da indústria. 

Segundo ele, devem ser firmados compromissos de estabilidade de preço, logística e frete. “Eles mesmos podem nos dizer um momento, se for necessária, alguma intervenção do governo. Por ora é mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção. Não se faz necessário novos leilões de importação”, destacou. 

 

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