O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (2/7) que é preciso “acertar a comunicação” para conter a recente disparada do dólar. Na véspera, a moeda norte-americana estabeleceu seu maior valor nominal em dois anos, ao terminar o dia cotada a R$ 5,652.
A alta se deu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a criticar a atual gestão do Banco Central (BC). “Acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação a autonomia do BC quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso. É isso que vai tranquilizar as pessoas”, disse o ministro a jornalistas.
O chefe da equipe econômica negou ainda a possibilidade de reduzir o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio para conter a alta do dólar. “Aqui na Fazenda estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal com o presidente, para apresentar para ele propostas de cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026”, afirmou.
Mais cedo, Lula disse estar preocupado com a subida do dólar e afirmou que teria uma reunião nesta quarta para buscar uma alternativa para frear a alta da moeda. Haddad, no entanto, disse que a agenda é exclusivamente sobre as contas públicas.
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