Cenário fiscal

Haddad atribui alta no dólar a 'ruídos' sobre resultados econômicos

Ministro da Fazenda evitou entrar em novo conflito com mercado e atribui situação atual a "muitos ruídos"

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu à nova alta do dólar, que alcançou o patamar de R$ 5,65, nesta segunda-feira (1º/7), — maior valor desde dezembro de 2021. Para o chefe da equipe econômica do governo Lula, falta uma comunicação melhor ao mercado financeiro sobre os resultados da atual gestão. Ele citou o resultado da arrecadação de junho, que veio acima do previsto pela Receita Federal.

“Os resultados estão demonstrando que a estratégia adotada no ano passado, com a chancela do Congresso Nacional e do judiciário, que também deu um apoio importante em temas delicados e robustos do ponto de vista do valor envolvido, os resultados estão aparecendo do ponto de vista de arrecadação”, disse Haddad, na saída de uma reunião com a presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros.

O ministro ainda atribui a valorização do dólar ao que ele chama de “muitos ruídos”. “Apesar da desvalorização ter acontecido no mundo todo de uma maneira geral, aqui ela foi maior do que nos nossos pares – Colômbia, Chile e México – também tiveram. Atribuo isso a muitos ruídos. Já falei isso no Conselhão. Eu falei falei disso. Precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo”, completou.

Mais cedo, o presidente Lula voltou a criticar a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à frente da autarquia, e ainda atacou a autonomia do BC, aprovada pelo Congresso Nacional ainda em 2021. “Como pode o presidente da República ganhar as eleições e depois ele não poder indicar o presidente do Banco Central?”, indagou.

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