O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou a participação mais ativa dos países desenvolvidos no combate às mudanças climáticas e ao financiamento de projetos sustentáveis. Em agenda paralela ao encontro de ministros das Finanças do G20, o chefe da equipe econômica afirmou que “a necessidade de um esforço global coordenado nunca foi tão evidente”.
“Nos reunimos em um momento crítico, tragédias ambientais como as inundações que devastaram o estado do Rio Grande do Sul provam que a urgência de agir contra a mudança do clima nunca foi tão grande”, disse Haddad nesta quarta-feira (24/7) durante o evento “Emirados Árabes Unidos COP28-G20: Tornando o Financiamento Sustentável Disponível e Acessível”.
Segundo o ministro, mais de um terço dos setores da economia real estão altamente expostos a riscos físicos relacionados às mudanças climáticas. “Até 2050, caso o aquecimento global não seja mantido bem abaixo de 2ºC, cerca de 4,4% do PIB mundial poderá ser perdido anualmente na ausência de medidas de adaptação”, alertou.
“As decisões que tomarmos e as ações que realizarmos em foros como o G20 e a COP ressoarão globalmente e definirão o legado que deixaremos para as futuras gerações”, destacou o ministro, que clamou que os demais países a ajam no combate à mudança do clima. “Nossos esforços nacionais não são suficientes. A mudança climática é um desafio global e requer uma resposta global. Precisamos desbloquear todo o potencial do capital público e privado para impulsionar a transição justa para uma economia global e resiliente”, enfatizou.
Haddad afirmou, ainda, que é urgente a criação de “um ambiente favorável que incentive investimentos privados em tecnologias verdes e infraestrutura sustentável”: “Isso inclui desenvolver instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e mecanismo de financiamento misto, que possam atrair capital privado em larga escala.”
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Além do chefe da equipe econômica, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou do debate. Ela também pediu a cooperação dos países ricos no combate aos efeitos das mudanças climáticas e afirmou que “os países em desenvolvimento precisam de ajuda e os países desenvolvidos devem liderar essa corrida”.
“Os países ricos devem liderar essa corrida, mas todos temos responsabilidades. São responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Nenhum de nós está isento dessa responsabilidade”, declarou a ministra.
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