Orçamento

Tebet diz que corte de gastos não vai afetar PAC e BPC

A Junta de Execução Orçamentária (JEO) deverá bater o martelo, nesta quinta-feira (18/7), em reunião no Planalto, sobre o tamanho do contingenciamento necessário para cumprir a meta fiscal deste ano

Segundo a ministra, eventuais bloqueios e contingenciamentos divulgados em julho não devem afetar obras do PAC já iniciadas -  (crédito: Reprodução/ Youtube)
Segundo a ministra, eventuais bloqueios e contingenciamentos divulgados em julho não devem afetar obras do PAC já iniciadas - (crédito: Reprodução/ Youtube)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reafirmou nesta quinta-feira (18/7) o compromisso do governo em realizar os cortes no Orçamento, na tentativa de alcançar as metas impostas pelo arcabouço fiscal. Ela descartou a interrupção de obras já iniciadas e anunciou cortes em benefícios fraudulentos para equilibrar contas do governo. 

“A gente consegue fazer a questão da revisão de gastos com inteligência, com racionalidade, mas com justiça social, sem penalizar quem mais precisa. Agora, nós precisamos fazer cortes, porque não se pode gastar mais do que arrecada, porque lá na ponta quem vai pagar o preço são as pessoas que mais precisam”, disse em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da EBC. 

A Junta de Execução Orçamentária (JEO) deverá bater o martelo, hoje, em reunião no Palácio do Planalto, sobre o tamanho do contingenciamento necessário para cumprir a meta fiscal deste ano. 

Segundo a ministra, eventuais bloqueios e contingenciamentos divulgados em julho não devem afetar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que já foram iniciadas. “O PAC está preservado, ainda que tenhamos que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura, faremos naquelas que não iniciaram”, declarou. 

A chefe do Planejamento negou ainda cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e em outros programas sociais. “Estamos analisando suspeitas no INSS, em benefícios. Não vai acabar com o BPC. Muito pelo contrário. O BPC é uma política sagrada para quem precisa, para aposentados que não conseguiram contribuir, para pessoas com deficiência.”

Ela citou como exemplo o pente-fino realizado no Bolsa Família, que conseguiu redistribuir R$ 12 bilhões. “O Brasil cresceu quase 3% no ano passado, e nós estamos com empregos recordes com carteira de trabalho assinada. Há 10 anos nós não tínhamos um índice tão baixo de desemprego. Isso significa que muita gente que precisava do Bolsa Família não precisa mais. Então, consequentemente, tem muita gente, às vezes, recebendo e que já está empregado. Nós fizemos um filtro”, explicou.

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postado em 18/07/2024 12:23 / atualizado em 18/07/2024 12:23
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