O Fundo Monetário Nacional (FMI) revisou para baixo a projeção de crescimento da economia brasileira em 2024. Segundo o relatório, divulgado nesta terça-feira (16/7), o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 2,1% neste ano, estimativa 0,1 ponto percentual menor em relação à projeção anterior, de abril (2,2%).
De acordo com o FMI, a revisão se deu pelo impacto das inundações do Rio Grande do Sul, além de uma política monetária ainda restritiva, a questão fiscal e a normalização da produção agrícola.
As expectativas para 2025, por sua vez, foram revisadas para cima. A projeção de crescimento no próximo ano agora é de 2,4%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à previsão de abril (2,1%). “O crescimento foi revisado para cima em 2025 para o Brasil para refletir a reconstrução após as enchentes e fatores estruturais positivos (por exemplo, aceleração da produção de hidrocarbonetos)”, aponta o relatório.
A revisão para baixo do Brasil ajudou a rebaixar também a previsão para a América Latina e o Caribe este ano, junto com um corte de 0,2 ponto na expansão estimada do México, para 2,2%, devido à moderação da demanda. A estimativa de crescimento da região passou agora a 1,9% em 2024, ante 2,0% em abril. Já para 2025, subiu de 2,5% para 2,7%.
Já a perspectiva para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, teve ligeiro ajuste para cima de 0,1 ponto percentual, tanto este ano quanto no próximo, a 4,3% para ambos.
Crescimento global modesto
O documento aponta ainda que a economia global registrará um crescimento modesto nos próximos dois anos. O FMI manteve a previsão de crescimento do PIB global em 3,2% em 2024 e aumentou a projeção para 2025 em 0,1 ponto percentual, para 3,3%.
O cenário se deu pelo arrefecimento da atividade nos Estados Unidos, bem como melhora na Europa e consumo e exportações mais fortes na China. “Mas há muitos riscos para essa trajetória”, destacou o Fundo, que alertou que “o ímpeto na luta contra a inflação está diminuindo, o que poderia atrasar ainda mais o afrouxamento das taxas de juros e manter a forte pressão do dólar sobre as economias em desenvolvimento”.
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