O ano não começou bem para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa/B3). Após ter registrado o menor volume financeiro diário no primeiro trimestre, desde o último quarto de 2019, a Bolsa brasileira voltou a renovar o recorde negativo nos três meses seguintes.
Dados levantados pela Elos Ayta Consultoria mostram que, entre abril e junho de 2024, a B3 registrou um volume de R$ 18,83 bilhões por dia, o menor desde o quarto trimestre de 2019, quando foi de R$ 17,30 bilhões. Os números mostram que a Bolsa atravessa um período de queda das movimentações desde o primeiro trimestre de 2021, quando atingiu um recorde de volume médio diário de R$ 31,95 bilhões.
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Desde janeiro, o Índice da Bovespa acumula queda de 6,35%. No segundo trimestre, o recuo foi de 2,28%. Além do desempenho fraco, a Bolsa também registrou baixa volatilidade durante o período. No último dia do primeiro semestre — 30 de junho —, a volatilidade anualizada do Ibovespa atingiu 13,70 (um dos menores patamares históricos do indicador).
Apesar de ser considerada como um sinal de estabilidade, a volatilidade menor pode indicar, também, menos oportunidades de negócio para os investidores.
“A combinação de baixa liquidez e baixa volatilidade apresenta um duplo desafio para o mercado financeiro brasileiro. A menor atividade de negociação reduz a capacidade de formação de preços eficientes, enquanto a baixa volatilidade pode afastar investidores que buscam retornos mais altos associados a movimentos de mercado mais pronunciados”, avalia o diretor da Elos Ayta, Einar Rivero.
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