Em um relatório divulgado na terça-feira (2/7), o Google mostrou a potencial influência do treinamento de Inteligência Artificial (IA) no aumento dos poluentes. O documento, produzido em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), sugere que a IA tem o potencial de mitigar entre 5-10% das emissões globais de gases de efeito estufa até 2030. Na contramão, o treinamento do Gemini, ferramenta de IA da big tech, fez com que as emissões de gases de efeito estufa aumentassem 13% no último ano e 48% em comparação com o ano de 2019.
Somente em 2023, a produção de CO2 foi de 14,3 milhões de toneladas métricas, o equivalente a 38 usinas de energia durante o mesmo período, de um ano. A empresa argumentou que “à medida que a IA é integrada ainda mais em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser desafiador devido ao aumento das demandas de energia”, para realizar uma grande quantidade de cálculos.
O documento aponta ainda que a nova versão da ferramenta de IA apresentou uma evolução considerável. "O Gemini 1.5 Pro do oferece melhorias e atinge uma qualidade comparável ao Gemini 1.0 Ultra, enquanto usa menos recursos computacionais", ou seja, mesmo com a mesma potência, a nova versão exige menos para realizar o mesmo processo.
A empresa, com sede na Califórnia, diz ainda que busca diminuir o tamanho do impacto que consta no relatório, que aponta que apenas 0,1% de toda a energia do mundo está alimentando seus servidores.
Em 2021, o Google traçou a meta de emissões líquidas zero até 2030. Embora a empresa já admitisse “incerteza” em alcançar o objetivo, desde de 2020 as emissões de carbono aumentaram ano por ano, sem exceção.
Em busca de minimizar essa produção de CO2, a bic tech identificou práticas testadas que “podem reduzir a energia necessária para treinar um modelo de IA em até 100 vezes e reduzir as emissões associadas em até 1.000 vezes”, informa o relatório.
*Estagiário sob a supervisão de Andréia Castro
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