São Paulo — O mercado de franquias acelerou no 1º trimestre de 2024. Setor registrou um crescimento nominal de 19,1% na comparação com o mesmo período de 2023. O faturamento geral avançou de R$ 50,854 bilhões para R$ 60,560 bilhões. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), nesta quarta-feira (26/6).
O estudo aponta que no acumulado de doze meses, o setor cresceu 14,3%, cujo faturamento passou de R$ 218,962 bilhões para R$ 250,367 bilhões. Esse resultado foi alavancado por fatores sazonais e o forte desempenho dos segmentos de Alimentação (tanto Comércio e Distribuição, quanto Food Service) e Serviços e Outros Negócios.
De acordo com a pesquisa, entre os fatores sazonais, houve um destaque para o dia a mais em fevereiro e, principalmente, a Páscoa ter caído este ano no 1º trimestre, o que, associado a maior demanda por chocolates finos, trouxe grandes resultados para as franquias de chocolate. O cenário macroeconômico também foi fundamental para o desempenho do setor.
A elevada taxa de ocupação, o Produto Interno Bruto (PIB) no 1º trimestre, a queda (ainda que lenta) da taxa de juros (Selic) e a inflação mais controlada estimularam uma maior disposição da população que aqueceu o consumo.
Para Tom Moreira Leite, presidente da ABF, “a taxa expressiva de crescimento das franquias no período reflete tanto a fortaleza do setor, que continua sua jornada de expansão e busca por eficiência e novos modelos de negócio, como eventos extraordinários”, afirmou.
“De fato, redes de chocolate relataram um grande resultado na Páscoa, agregando ao desempenho do primeiro trimestre um faturamento significativo. A identificação de mais marcas atuando no setor e uma forte demanda no nicho de sorveterias e açaís, associada à onda de calor, também alavancaram o setor como um todo neste trimestre”, pontuou Leite.
“Neste sentido, a aprovação do Perse (iniciativa do governo criada para apoiar o setor de eventos, afetado durante a pandemia de covid-19) vai ser muito importante para os segmentos elegíveis cumprirem seus compromissos da pandemia e manterem planos de expansão, gerando ainda mais empregos, impostos e renda. Além disso, estamos acompanhando de perto o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul. Muitos franqueadores e franqueados foram afetados e vamos ter mais claro estes impactos na pesquisa do segundo trimestre”, comentou Leite.
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