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‘Para a saúde, não há diferença entre as bebidas’, diz Marjana Martinic

CEO da MM Science em Policy Advisors, a médica participou nesta terça (11/6) do CB Debate e apontou que cervejas, destilados, vinhos e outras bebidas têm os mesmos impactos para a saúde se consumidos de forma exagerada

A CEO da MM Science and Policy Advisors, a médica Marjana Martinic, explica que não há diferença entre os tipos de bebidas alcoólicas para a saúde. Destilados, cerveja, vinhos e outros líquidos têm os mesmos impactos negativos na saúde se forem consumidos de forma exagerada. O que importa é a frequência e a quantidade do consumo.

Martinic participou nesta terça (11/6) do CB Debate - Bebidas Alcoólicas: Segurança Jurídica no Imposto Seletivo, evento realizado pelo Correio. Ela é CEO de uma consultoria especializada na relação entre as evidências científicas e a criação de políticas públicas.

“Do ponto de vista da saúde, não há diferença entre a cerveja, o vinho e os destilados. As três categorias podem ser abusadas e dar o mesmo resultado para a saúde físico”, afirmou Martinic em sua fala no 2° painel do evento, que tratou sobre os efeitos do álcool na saúde. “Não há evidência de aumento ou diminuição de risco para um tipo específico de bebida. Então, no que se refere à saúde, álcool é álcool”, frisou.

Segundo a CEO, as pesquisas internacionais apontam que os efeitos nocivos das bebidas estão ligados não a tipos específicos do produto, mas à modalidade mais consumida em determinado país. Apesar da diferença na concentração entre as cervejas, menos alcoólicas, e os destilados, com maior teor, o princípio ativo é o mesmo em todas elas: o etanol.

“No Brasil, três em cada cinco bebidas são cerveja. Estou falando da quantidade álcool puro que está sendo consumida. 60% de todo o consumo de álcool no Brasil é a cerveja. Então, no Brasil, o prejuízo maior para a saúde está relacionado com a cerveja, e nem tanto aos destilados e ao vinho”, apontou Martinic.

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