Teresina – A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, presente na abertura da 1ª Conferência Internacional das Tecnologias das Energias Renováveis (Citer), criticou países da América do Norte e da Europa por contribuírem para mudanças climáticas como as que afetaram o Rio Grande do Sul. "Somos nós que sofremos mais, os países em desenvolvimento, os impactos daqueles que não cuidaram das suas florestas, não é por conta do petróleo do Brasil”, defendeu a ministra.
Para ela, a comunidade europeia tem a maior participação de combustíveis fósseis na matriz energética, enquanto o Brasil tem muita autoridade para ainda manter a exploração. “As florestas que foram dizimadas na Europa e na América do Norte são os principais responsáveis pelo que aconteceu aqui (Rio Grande do Sul), com as mudanças climáticas e eventos em todo o planeta. Foram eles que nunca fizeram nenhum esforço para mudar a suas matrizes energéticas, mesmo com tecnologias avançadas continuam usando uma matriz fóssil e prejudicando toda a humanidade”, sentenciou a ministra.
“O Brasil tem a principal tecnologia de exploração do petróleo em águas profundas e, apesar de nós sabermos que precisamos de uma transição, essas transições nem sempre são tão rápidas. Não há ainda uma possibilidade de mudança dessa matriz energética. Na verdade, a Foz (do Amazonas) já tem uma exploração por parte da Guiana, é uma situação em que a gente se depara com uma riqueza e a gente precisa desenvolver a tecnologia para mitigar os impactos”, disse a ministra. "Precisamos equilibrar essa situação para não perder as vantagens de mais possibilidades de exploração da matriz energética”, completou.
*O repórter viajou a convite da organização da Citer