Os homens receberam R$ 3.791,58 de salário médio mensal, e as mulheres, R$ 3.241,18, em 2022, uma diferença de 17,0%. Além disso, no geral, elas ganham menos que eles em 82% das áreas de atuação. Essas informações estão nas Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (20/6).
“Sob outra perspectiva, ainda destacando essa diferença observada nos salários quando se analisa o sexo, é possível dizer que as mulheres receberam, em média, o equivalente a 85,5% do salário médio mensal dos homens”, afirmou Eliseu Oliveira, analista da pesquisa.
No recorte por sexo, os dados observaramn que o pessoal ocupado assalariado nas empresas era composto por 54,7% de homens e 45,3% de mulheres. Já em termos de ocupação por setores, os homens tiveram as maiores participações em Construção (87,6%), Indústrias extrativas (84,2%) e Transporte, armazenagem e correios (81,7%), enquanto as mulheres foram maioria nas ocupações de Saúde humana e serviços sociais (74,8%), Educação (67,3%) e Alojamento e alimentação (57,2%).
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Menores salários
A pesquisa mostra, ainda, que, em 2022, as empresas sem pessoas assalariadas, ou seja, formadas apenas por sócios e proprietários em 31 de dezembro, representavam 69,6% (6,6 milhões) do total de 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Ao fim daquele ano, elas empregavam 13,5% do total de 63,0 milhões de pessoas ocupadas. Além disso, pagaram ao longo do ano R$ 8,6 bilhões em salários 0,4% do total de R$ 2,3 trilhões, registrando um salário médio mensal de R$ 2.454,36, ou 2,0 salários mínimos.
Por outro lado, havia 2,9 milhões de empresas e outras organizações com pessoas assalariadas, 30,4% do total. Essas empresas, em 31 de dezembro, empregavam 86,5% do pessoal ocupado total e 32,6% dos sócios e proprietários. Além disso, pagaram 99,6% dos salários e atingiram um salário médio de R$ 3.548,12, ou 2,9 salários mínimos.
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