Estratégico para o desenvolvimento do país, o Nordeste atravessa questões cruciais para reduzir a defasagem econômica e social. Para o secretário-executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Tadeu Alencar, o progresso da região “faz parte da solução do Brasil”. A declaração foi dada nesta quarta-feira (19/6), durante o CB Debate: A força do Nordeste na transformação social do país.
“Faz muito pouco tempo que a gente viu o Nordeste ser considerado um problema do Brasil, como se fosse o parasita que se agarra no crescimento e na riqueza produzida pelo país. Felizmente, nós estamos chegando, inclusive, por tudo que foi discutido e apresentado aqui nesse painel, à conclusão de que o Nordeste, indiscutivelmente, faz parte da solução do Brasil. Não há solução para o Brasil que não passe por uma solução do Nordeste”, defendeu.
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Alencar enalteceu a força do povo nordestino e citou a participação da região em eventos históricos como, por exemplo, a Revolução Pernambucana, de 1817, que foi o último movimento separatista republicano do período colonial.
“Esses movimentos marcaram a história brasileira, esse traço de altivez que é uma marca do Nordeste. Já se falou, aqui, da resiliência própria desse ambiente — atravessado por adversidades climáticas — que, muitas vezes, sugou as oportunidades do Nordeste”, apontou.
Acima da média
Segundo um levantamento realizado pelo Tendências Consultoria, a economia nordestina deve ter crescimento de 2,4%, levando em consideração os dados de 2023. Enquanto isso, a estimativa para a média nacional é de 1,9%. O secretário Tadeu Alencar destacou a região nordestina como exemplo de resistência e importante vetor econômico para o Brasil.
“É por isso que é muito bom ver o Nordeste crescendo mais do que cresce o Brasil em 2023. Uma série histórica que mostra claramente o desenvolvimento nessa potência empreendedora que é o Nordeste”, reforçou. “Tivemos uma melhora significativa do índice de desenvolvimento humano no Nordeste, mas aí nós tentamos estatísticas sociais que desafiam a nossa cidadania”, completou.
O debate contou com dois painéis. O primeiro discutiu sobre as políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social. O segundo teve como tema o emprego formal, geração de renda e inclusão social. O evento foi realizado no auditório do Correio Braziliense e transmitido ao vivo no canal do jornal no YouTube e nas redes sociais.
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