O excesso de consumo alcoólico pode ser favorecido pela facilidade no acesso e pela cultura brasileira de beber em confraternizações. Essa é a explicação do médico Jairo Bouer sobre o abuso da substância e os impactos na saúde. O especialista participa do CB.Debate Bebidas Alcoólicas: Segurança Jurídica no Imposto Seletivo, que ocorre nesta terça-feira (11/6), na sede do Correio.
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“O que pode favorecer o consumo pelo adolescente é a situação. Se ele está em um grupo que todos bebem, ele pode sentir pressão para beber também. Isso reproduz a cultura do país em relação ao padrão de consumo. Existe uma tolerância grande a beber”, inicia Bouer, durante o painel Álcool e saúde: visão técnica e experiência internacional.
Ele ainda reflete sobre o papel das pessoas mais próximas. “Em muitas famílias esse processo de consumo de bebida é comum. Em confraternizações é possível que convidem o jovem a beber”, acrescenta.
Bouer ainda pontua que há uma ideia de “bebida fraca e forte”, mas que isso não faz sentido, já que todas possuem a mesma substância, o etanol. De acordo com ele, o nosso corpo possui a capacidade de metabolizar apenas uma dose de bebida por hora.
A saída para evitar o abuso da bebida, segundo o médico, é a educação e conscientização de que “álcool é álcool”. Ele sugere que as pessoas não bebam antes dos 18 anos e também reforça a importância de não beber e dirigir.
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