CB.DEBATE

Falsificação de bebidas alcoólicas atinge 30% do mercado

Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) alerta que a venda de produtos falsificados impacta toda sociedade

André Duarte gerente de relações governamentais da Brown Forman para América Latina. Seminário Bebidas alcoólicas,  segurança jurídica no imposto seletivo -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
André Duarte gerente de relações governamentais da Brown Forman para América Latina. Seminário Bebidas alcoólicas, segurança jurídica no imposto seletivo - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Cerca de 30% do mercado de bebidas no Brasil comercializa produtos falsificados, alerta do gerente de relações públicas da Brown Forman para América Latina, André Duarte. O executivo, que é conselheiro da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), aponta que quanto uma tributação desregulada amplia a ilegalidade.

“O contrabando é mínimo, o que é grande, hoje, no Brasil é a falsificação. Cada portinha, cada garagem, pode virar uma falsificadora, hoje 30% do mercado de comercialização de bebidas alcoólicas é de produtos falsificados. Tem um mercado enorme de quadrilhas que atuavam no contrabando mas que agora migram suas operações para o mercado de falsificação pelos enormes lucros possíveis”, apontou Duarte.

Para o executivo, que participou do evento “CB Debate: Bebidas Alcoólicas: Segurança Jurídica no Imposto Seletivo”, realizado nesta terça-feira (11/05), na sede do Correio Braziliense, a tributação mais calibrada é fundamental para enfrentar esse mercado de bebida ilegal.

“Uma tributação descalibrada em um setor produz efeitos nocivos, não só para o setor, mas também para a saúde pública, para a população e para o governo. Um imposto muito alto de forma geral faz todo mundo sair perdendo”, opinou o executivo.

O executivo, que atua na empresa que produz a marca de whisky Jack Daniel 's, lembrou do processo de fabricação da bebida e apontou que na falsificação raramente são observados os cuidados sanitários devidos em produtos de consumo humano, e com isso há entende que há enormes riscos ao consumidor.

“Pode matar qualquer um de nós aqui, em graus mais altos pode matar facilmente. Há tipos de álcool que não são próprios para o consumo humano como o metanol e acetona, e muitas vezes vemos esses componentes em produtos falsificados”, lembrou Duarte.

O evento CB Debate trata da regulamentação do imposto seletivo, em análise no Congresso, no que se refere ao mercado e ao consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. Com a participação de representantes do setor de bebidas alcoólicas, o evento tem o objetivo de dar transparência a essa temática.

Acompanhe o debate:

 

 Veja declaração de André Duarte conselheiro da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD)

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 11/06/2024 11:55 / atualizado em 11/06/2024 12:08
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação