O índice mundial de preços de alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), registrou alta pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira (7/6), o indicador subiu 1,1 ponto em maio, cerca de 0,9% acima do valor revisto do mês anterior. A média ficou em 120,4 pontos no quinto mês do ano.
O número, no entanto, ficou 3,4% abaixo do nível registrado no mesmo período do ano passado e foi 24,9% menor que o pico de 160,2 pontos, alcançado em março de 2022. O resultado foi atribuído ao avanço nos preços de cereais e lácteos, que subiram 6,3% e 1,8%, respectivamente.
No caso dos cereais, o aumento se deu em meio a preocupações com as condições desfavoráveis das safras, que restringem as colheitas de 2024 nas principais áreas produtoras, como o norte da América, a Europa e a região do Mar Negro.
Segundo a FAO, as cotações de todos os produtos lácteos representados subiram no mês. O avanço foi sustentado pelo aumento da demanda dos setores de varejo e serviços alimentares antes das férias de verão no Hemisfério Norte, além de expectativas de que a produção de leite possa ficar abaixo dos níveis históricos na Europa Ocidental, juntamente com uma produção reduzida na Oceania.
Essas altas compensaram as quedas nos preços do açúcar (-7,5%) e dos óleos e vegetais (-2,4%). O preço das carnes ficou estável com uma ligeira queda de 0,2%. De acordo com a FAO, a queda nos preços da carne de aves refletiu uma maior oferta em meio a uma menor demanda interna em alguns dos principais produtores.
No caso da carne bovina, foi causada por uma demanda fraca e as amplas ofertas da Oceania. Em contrapartida, o aumento nos preços da carne suína foi sustentado por uma alta na demanda e uma persistente restrição de oferta, principalmente na Europa Ocidental. Enquanto isso, a carne ovina subiu com o avanço das compras globais, apesar da abundante oferta na Oceania.
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