O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou uma nova retração para o maio. Desta vez, o indicador medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) regrediu para 89,2 pontos — em uma escala de 0 a 200 —, com uma queda de 4 pontos neste mês. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,2 ponto, para 91,2, e atingiu o mesmo nível de fevereiro deste ano.
Com o resultado negativo, o ICC alcançou o pior patamar registrado na série histórica desde maio do ano passado, quando o indicador regrediu até 88,2 pontos. Para a economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, a queda foi influenciada apenas pela piora das expectativas dos consumidores para os próximos meses, ao passo que a percepção sobre a situação atual permaneceu estável, em um patamar ainda desfavorável.
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“O resultado mais que devolve as altas dos últimos dois meses, levando o indicador para o menor nível desde abril do ano passado (87,5 pontos). A forte queda nas expectativas foi influenciada, também, pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul, com impactos nas condições de vida dos cidadãos e incertezas em relação à economia local”, comenta a economista.
Expectativa em baixa
Ainda segundo o FGV/Ibre, a queda da confiança do consumidor em maio foi influenciada diretamente pela piora nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) — um dos indicadores do ICC — recuou 6,7 pontos, para 95,5, e voltou ao nível mais baixo desde dezembro de 2022, logo após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando atingiu 94,6 pontos.
Enquanto isso, o Índice da Situação Atual (ISA) permaneceu estável, em 80,6 pontos. A estabilidade foi observada na percepção sobre a economia local, em que o indicador permaneceu em 92,3 pontos, após registrar duas altas consecutivas. Além disso, o indicador que mede a percepção sobre as finanças pessoais das famílias avançou levemente em 0,1 ponto, para 69,3.
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