O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou a importância de manter o compromisso fiscal de zerar o deficit primário nas contas públicas já neste ano. Em conversa com jornalistas na saída da abertura do Apas Show — evento promovido pela Associação Paulista de Supermercados —, ele ainda reforçou a necessidade de recuperar a infraestrutura do Rio Grande do Sul.
“A meta de deficit zero continua, ela é importante para cumprir o arcabouço fiscal, isso é necessário, e cabe a todos nós ajudarmos, apertar mais o cinto para poder cobri-la”, frisou. Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alterou a meta para o ano que vem, de um superavit de 0,5% para um deficit zero — mesma projeção para este ano, que se manteve inalterada.
Apesar de a equipe econômica sinalizar que mantém os esforços para alcançar a meta prevista no arcabouço fiscal, aprovado em 2023, alguns setores já enxergam que a distância para este objetivo ficou ainda maior, devido às sérias inundações no sul do país, que já deixaram 147 mortos, até a manhã desta segunda.
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) Global já emitiu um alerta ao governo federal, no qual indica que a tragédia climática no estado elevou os desafios fiscais do Brasil, além de aumentar os obstáculos para o cumprimento da meta. Ela ainda ressalta que a visibilidade da extensão dos estragos ainda é limitada.
Importação de arroz
Entre as medidas já feitas para diminuir impactos da tragédia e garantir o abastecimento da população, está a autorização para a importação de um milhão de toneladas de arroz, no qual o Rio Grande do Sul é o principal produtor do país, e responde por cerca de 70% de toda a produção nacional.
Além de citar a autorização para a compra do cereal, o vice-presidente ainda recordou que o presidente Lula vai anunciar, nesta terça-feira (13/5), mais um pacote de medidas para ajudar na reconstrução do estado atingido. “A medida inicial é salvar vidas, amparar as famílias, apoiar os municípios e o estado do Rio Grande do Sul, recuperar sua infraestrutura e serviços públicos, e a renda, ou seja, a economia do estado", retificou.
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