O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, apresentou alta de 0,38% em abril. Segundo os dados, divulgados nesta sexta-feira (10/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma aceleração em comparação a março, quando os preços subiram 0,16%.
O resultado ainda é menor do que a inflação registrada em abril de 2023, quando a variação foi de 0,61%. No ano, a inflação acumula alta de 1,80% e nos últimos 12 meses, de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A alta foi disseminada, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços. Os vilões da inflação no mês passado foram os grupos de saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,16%, e de alimentação e bebidas, cujos preços subiram 0,70%.
Houve um grande impacto dos produtos farmacêuticos (2,84%), em decorrência do reajuste de até 4,5% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a partir de 31 de março.
A alimentação no domicílio, por sua vez, acelerou 0,81% em abril, ante 0,59% no mês anterior. Mamão, cebola, tomate e café moído apresentaram as altas mais expressivas, provocadas pela menor oferta desses produtos em abril. “Fenômenos climáticos ocorridos no fim de 2023 e no começo de 2024 afetaram a produção”, observou o gerente da pesquisa, André Almeida.
Gasolina tem maior impacto
Após variação negativa no mês passado, o grupo de transportes teve alta de 0,14%, com os subitens de maior impacto positivo e maior impacto negativo no índice de abril, de modo que eles acabaram se anulando. Houve queda de 12,09% nas passagens aéreas.
No que se refere aos combustíveis, somente gás veicular (-0,51%) teve diminuição de preços. Etanol (4,56%), gasolina (1,50%) e óleo diesel (0,32%) registraram altas. A gasolina foi o subitem com maior impacto positivo no índice de abril.
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