SISTEMA FINANCEIRO

Lucro líquido do BNDES tem alta de 59% e chega a R$ 2,7 bilhões

O lucro líquido contábil, que inclui efeitos extraordinários, alcançou R$ 5,2 bilhões. O resultado foi influenciado por receitas de dividendos e juros sobre o capital próprio de R$ 1,2 bilhão, oriundas da Petrobras

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024. De acordo com o balanço, divulgado nesta quinta-feira (9/5), o montante representa um crescimento de 59% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando houve lucro de R$ 1,7 bilhão.

O lucro líquido contábil, que inclui efeitos extraordinários, alcançou R$ 5,2 bilhões, montante superior aos R$ 4 bilhões do primeiro trimestre de 2023. O resultado foi influenciado por receitas de dividendos e juros sobre o capital próprio de R$ 1,2 bilhão, oriundas da Petrobras, e R$ 800 milhões em recuperação de crédito.

A carteira de crédito expandida e repasses totalizou R$ 520,4 bilhões, um aumento de 8,6%. Os desembolsos, por sua vez, por meio de créditos diretos e indiretos, totalizaram R$ 23,3 bilhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 22% frente ao mesmo período de 2023.

Segundo o presidente do banco estatal, Aloizio Mercadante, os resultados revelam que o BNDES voltou a exercer o papel fundamental de principal financiador do desenvolvimento do país e que a política de neoindustrialização do governo está no caminho certo.

“As empresas querem investir em inovação, em sustentabilidade e em tecnologia e nós estamos dando acesso a crédito para esse fim. Isso significa mais empregos qualificados, mais renda e o caminho para a transição energética indispensável diante dos eventos de extremos climáticos”, disse Mercadante em coletiva de imprensa.

MPMEs

Um dos destaques foi o apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que representou 53,5% do total de aprovações do BNDES, no montante de R$ 13,2 bilhões, frente aos R$ 8,7 bilhões do primeiro trimestre de 2023 (um aumento de 52,2%).

As aprovações de crédito também cresceram 91% no período, na comparação anual, somando R$ 24,7 bilhões. O volume de aprovações cresceu em todos os recortes setoriais, chegando a um aumento de 50% na agropecuária (R$ 6,8 bilhões), 189% na indústria (R$ 6,9 bilhões), 65% em comércio e serviços (R$ 4,4 bilhões) e 97% na infraestrutura (R$ 6,6 bilhões). O resultado inclui operações diretas, indiretas (via agentes financeiros).

Mais Lidas