O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) disponibilizará R$ 5,5 bilhões em contratos de empréstimo com bancos regionais e governos que atuarão na reconstrução da infraestrutura do Rio Grande do Sul. Diante da tragédia ocorrida na região, com as chuvas fortes desde o fim de abril, as negociações ainda visam a retomada do emprego e a resiliência com as mudanças climáticas.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, esteve presente em Brasília na manhã desta quinta-feira para anunciar as medidas. Ele afirmou que, até o momento, apenas R$ 1,5 bilhão do montante total disponibilizado já está firmado ou se encontra em estágio avançado nas negociações. Os outros R$ 4 bilhões restantes ainda dependem de novos contratos e de conversas com o governo do Rio Grande do Sul.
“O BID pode ajudar além desses pacotes de medidas com seu conhecimento técnico em projetos resilientes com propostas que possam enfrentar essas mudanças climáticas que consideramos que está só começando”, ressaltou o presidente do BID. Além dos R$ 5,5 bilhões, o banco também doará R$ 3 milhões para as necessidades imediatas na região, em relação à infraestrutura.
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Entre os contratos já negociados ou adiantados, R$ 400 milhões serão destinados ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), para o suporte e emprego e financiamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Além disso, outros R$ 400 milhões também serão concedidos ao mesmo banco, para suprir o saldo voltado às MPEs e aos municípios atingidos, nas áreas de mercado de trabalho, turismo, saúde e saneamento básico.
Ainda em fase de negociação com a prefeitura de Porto Alegre, também será disponibilizado por empréstimo o valor de R$ 750 milhões para a educação, saúde, assistência social e pagamento de precatórios do município. Os empréstimos terão juros de 0,4% a 0,8% ao ano, informou o BID.
O presidente do BID ainda expressou solidariedade às vítimas no Rio Grande do Sul e ressaltou que todas as negociações que envolvem a concessão de empréstimos por parte do banco estão acontecendo em uma velocidade mais rápida que o normal, para atender as necessidades dos atingidos pelas inundações. “O BID vai continuar sendo um parceiro muito próximo do Brasil”, destacou Goldfajn.