O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), afirmou que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) deve investir na melhoria da rede de distribuição de energia, prestigiando a função central da empresa que é “garantir que a energia chegue na casa das pessoas”, e não apenas a geração. A declaração foi feita nesta segunda-feira (27/5), na 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20.
À imprensa, Simões disse que é possível dobrar a capacidade de produção hidrelétrica no estado sem a concepção de grandes barragens, mas sim com investimento em subestações e redes trifásicas.
Reunião em meio a protestos
Antes do início do evento, houve manifestações. Jason Jesus, representante do setor, esteve à frente de um protesto e denuncia uma concorrência desleal: “A gente passa por dificuldades hoje, porque uma vez que a concessionária de energia homologa e aprova os projetos, ela [Cemig] concorre diretamente com a gente. A gente tem vários desafios hoje com projetos que a gente não consegue aprovar por conta disso”, conta.
“Tudo que a gente pede é que ela [Cemig] deixe a gente trabalhar aprovando os projetos para que a gente consiga captar novos clientes”, acrescenta César, membro da Frente Mineira de Geração Distribuída e funcionário da empresa de energia solar Carvalho Teixeira.
Para a instalação de energia solar, é necessário primeiro passar pela concessionária, inviabilizando diversos tipos de instalações, com justificativas não técnicas, afirma César, o que não possibilita que o cliente escolha a instalação de preferência.
Em nota à imprensa, a empresa afirma que “segue realizando os maiores investimentos de sua história, que permitem a conexão de novos empreendimentos de energia limpa em Minas Gerais”. Ela ainda conta que “alcançou a marca de 8 gigawatts de energia solar conectada, o que comprova o esforço da Cemig em conectar a energia ao sistema elétrico e distribuir aos consumidores”.
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