O Brasil teve um deficit de transações correntes de US$ 2,5 bilhões em abril, nível bem acima do registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo foi de US$ 247 milhões. Os dados são do boletim Estatísticas do Setor Externo, divulgado nesta sexta-feira (24/5) pelo Banco Central (BC).
No acumulado de 12 meses, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais resultou em um saldo negativo de US$ 35,3 bilhões, o equivalente a 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Houve uma retração significativa em comparação a abril de 2023, quando o deficit acumulado estava em 2,52% do PIB.
A balança comercial de bens e serviços registrou superavit de US$ 6,8 bilhões em abril, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 4,0 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 5,5 bilhões.
A remessa líquida de lucros e dividendos, associada aos investimentos direto e em carteira, totalizou US$ 3,7 bilhões, ante US$ 3,2 bilhões em abril de 2023. As despesas líquidas com juros somaram US$ 1,8 bilhão, 53,4% maiores ante o resultado de abril de 2023.
IDP
O ingresso líquido do investimento direto no país (IDP) somou US$ 3,9 bilhões em abril de 2024, similar ao nível registrado em abril de 2023, quando foi de US$ 3,1 bilhões. A totalidade dos ingressos líquidos do mês ocorreu em participação no capital. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 67,3 bilhões, o equivalente a 3,01% do PIB.
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