O ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu, nesta quinta-feira (23/5), investimentos em prevenção de desastres naturais, para evitar que a tragédia que atinge o Rio Grande do Sul aconteça em outras localidades no país.
“Isso que a gente está vendo no Rio Grande do Sul é o novo normal. Se a gente não cuidar dessa nova realidade a partir de ações de prevenção, vamos ver situações como essa se agravando cada vez mais”, disse durante participação no Abdib Fórum 2024 Infraestrutura: bases para a neoindustrialização e desenvolvimento sustentável, que ocorre no Brasil 21, em Brasília. O evento é realizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
“A gente precisa primeiro compreender que essa política pública de prevenção não pode ser uma política pública do governo, tem que ser uma política de Estado. Nos últimos anos não se tratou prevenção nesse país”, emendou.
Segundo o ministro, ao chegar na pasta o governo tinha um orçamento de apenas R$ 27 milhões para prevenção de desastres. “Isso não dá conta nem sequer da carteira que a gente tinha naquele momento”, comentou.
De acordo com Jader Filho, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve priorizar projetos de prevenção. “Especialmente no caso do Rio Grande do Sul, por razões óbvias, vamos tratar a seleção do PAC especialmente como uma situação à parte. Isso já aconteceu na encosta, todas as propostas que estavam ávidas para a proteção de encostas foram selecionadas, parte delas em Porto Alegre e outra parte em Santa Maria”, disse o ministro, que defendeu uma união entre as esferas de governo.
“Se nada for feito, tudo isso que a gente está vendo hoje a gente vai continuar vendo com cada vez mais frequência e aí, meus amigos, não será mais só o Sul do país, será em outras regiões”, acrescentou.
Saneamento
O ministro, que participou de um painel sobre saneamento básico e resíduos sólidos, defendeu que haja uma união entre poder público e privado para tratar a questão. “Eu tenho uma convicção, ninguém sozinho vai conseguir cuidar dos problemas de saneamento básico do país. Tem que haver uma complementação. Temos que incentivar e fazer com que o poder privado faça e faça bem feito, com o acompanhamento de agências como a ANA (Agência Nacional de Águas)”, afirmou.
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