Macroeconomia

Ministérios atualizam indicadores macroeconômicos para Orçamento de 2024

A equipe econômica ampliou a projeção para a Selic acumulada em 2024 de 9,63% para 10,31%. Na última reunião, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,25 pp, para 10,50% ao ano

A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,50% para 3,70% -  (crédito:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,50% para 3,70% - (crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento atualizaram nesta quarta-feira (22/5) mais indicadores da grade de parâmetros macroeconômicos utilizados nos cálculos da execução orçamentária de 2024. Os dados estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado no período da tarde.

A equipe econômica ampliou a projeção para a Selic acumulada em 2024 de 9,63% para 10,31%. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros em 0,25 pp, para 10,50% ao ano.

Já a projeção para o câmbio médio deste ano passou de R$ 4,94 para R$ 5,04. A previsão para a alta da massa salarial nominal, por sua vez, passou de 9,84% para 10,46%. Já a estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 80,70 para US$ 82,65.

Na semana passada, a equipe econômica divulgou a nova projeção para o crescimento da economia neste ano, que passou de 2,2% para 2,5%. A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,50% para 3,70%, enquanto a estimativa para o INPC — utilizado para a correção do salário mínimo — passou de 3,25% para 3,50%.

Despesas discricionárias

Outro ponto que foi anunciado no relatório foi a reversão do bloqueio de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias no Orçamento deste ano para cumprir o limite de gastos do novo arcabouço fiscal. Com a liberação do montante, o limite de gastos de arcabouço ainda tem folga de R$ 2,5 bilhões de acordo com o documento.

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre também revisou a estimativa de deficit primário de 2024 de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões. A meta de resultado primário do Governo Central deste ano é de resultado neutro, de 0% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme estabelecido pelo novo arcabouço fiscal.

O Orçamento proposto pelo governo previa um pequeno superavit de R$ 2,8 bilhões. A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano subiu de R$ 2,688 trilhões para R$ 2,704 trilhões. Já a estimativa para a receita líquida — livre de transferências para os governos regionais — passou de R$ 2,175 trilhões para R$ 2,181 trilhões neste ano.

Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2024 saltou de R$ 2,184 trilhões para R$ 2,209 trilhões. Com as revisões deste relatório, o volume de gastos obrigatórios passou de R$ 1,980 trilhão para R$ 2,000 trilhões, enquanto as despesas discricionárias variaram de R$ 204,4 bilhões para R$ 208,8 bilhões neste ano.

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postado em 22/05/2024 17:25
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