O nível de desocupação no Brasil registrou novo aumento no 1º trimestre, após três quedas consecutivas. Neste período, a taxa de desemprego deu um salto de 7,4% para 7,9%. Houve um aumento significativo da taxa em pelo menos oito unidades da Federação (UFs): Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
O único estado do país que apresentou queda no índice de desemprego para o período foi o Amapá, onde a taxa saiu de 14,2% no 4º trimestre do ano passado, para 10,9% nos primeiros três meses de 2023. Ainda assim, a taxa de desemprego da UF ainda é a terceira maior do país, ficando atrás apenas da Bahia (14,0%) e de Pernambuco (12,4%).
As menores taxas do país estão em Rondônia e Mato Grosso, que ficaram estáveis no primeiro trimestre e mantiveram, ambas, o patamar de 3,7%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (17/5), em mais uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Apesar do aumento da taxa em vários estados, na comparação com o trimestre anterior, quando os dados são comparados com o 1º trimestre de 2023, nenhuma UF registrou um aumento significativo na primeira análise anual. “Isso mostra que, na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve”, analisa a coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Mulheres são maioria
O levantamento ainda mostra que as maiores taxas de desocupação seguem entre mulheres, pessoas pretas e com o ensino médio incompleto. Em relação ao sexo, a taxa de desemprego foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres, no primeiro trimestre do ano.
Ao analisar a mesma taxa por cor ou raça, os que se declaram brancos são minoria entre os desempregados, com 6,2%. Enquanto isso, a taxa é maior para pardos (9,1%) e pretos (9,7%).
Por escolaridade, as pessoas com ensino médio incompleto sem emprego são maioria entre os desempregados, com uma taxa de 13,9%, mais que o triplo da verificada entre os brasileiros com nível superior completo.
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