O presidente-executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), Sergio Díaz-Granados, anunciou nesta terça-feira (14/5) um pacote de até R$ 3,8 bilhões para auxiliar nas medidas de reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido por enchentes que já mataram 147 pessoas.
As medidas disponibilizadas pelo CAF incluem doações, cooperação técnica, e linhas de crédito com taxas menores e prazos maiores para o pagamento, destinadas a medidas de recuperação do estado e atendimento às vítimas. O banco é composto atualmente por 21 países, sendo 19 da América Latina e Caribe, além da Espanha e de Portugal.
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“Manifestamos nossa absoluta solidariedade ao país, e nos colocamos à disposição para apoiar os trabalhos imediatos de socorro às vítimas e de reconstrução da infraestrutura do estado, de forma coordenada com as diretrizes dos governos federal, estadual e municipais”, expressou Díaz-Granados ao anunciar a medida. “Estamos prontos e lado a lado com o Brasil neste difícil processo que começará em breve”, emendou.
Dos R$ 3,8 bilhões previstos no pacote, R$ 1,25 milhão representa uma doação para o apoio aos trabalhos emergenciais, e R$ 5 milhões em cooperações não reembolsáveis para o Ministério do Planejamento e Orçamento, para serem aplicados em medidas para mitigação das mudanças climáticas.
Linhas de crédito
O pacote também inclui: R$ 306 milhões para uma linha de crédito ao Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); R$ 382 milhões de aporte ao Programa de Reconstrução e Resiliência Climática, por meio de empréstimo ao governo federal; até R$ 480 milhões de empréstimo soberano para Porto Alegre; até R$ 2,5 bilhões em uma linha de crédito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que foi aprovada em 2023 e está em processo de formalização; e até R$ 153 milhões em uma linha de crédito a ser encaminhada pela agência de desenvolvimento Badesul, órgão do governo do Rio Grande do Sul.
“A dimensão da crise climática no Rio Grande do Sul tem proporções históricas e impacta de forma catastrófica a vida de toda a população. Estamos ao lado do Brasil e do estado neste momento. Esperamos que, com esse apoio, possamos auxiliar na recuperação humanitária e nos colocamos já à disposição para apoiar no planejamento do futuro da região, com a qual temos uma relação histórica”, declarou ainda Díaz-Granados.
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