Comércio

Vendas do varejo apresentam estabilidade em março, aponta o IBGE

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou negativamente

No confronto contra o mesmo mês de 2023, o crescimento do varejo foi de 5,7%  -  (crédito:  Luis Nova/Esp.CB)
No confronto contra o mesmo mês de 2023, o crescimento do varejo foi de 5,7% - (crédito: Luis Nova/Esp.CB)

As vendas do comércio varejista no país ficaram estáveis na passagem de fevereiro para março. No acumulado do ano, há expansão de 5,9%, já nos últimos 12 meses, a alta é de 2,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (8/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como havia alcançado o maior nível da série no mês anterior, o patamar recorde se desloca de fevereiro para março de 2024 com a estabilidade. A média móvel trimestral apresentou crescimento de 1,2% no trimestre encerrado em março. De acordo com os dados, já no confronto contra o mesmo mês de 2023, o crescimento do varejo foi de 5,7%. 

No comércio varejista ampliado por sua vez, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou negativamente 0,3% na passagem de fevereiro para março. Já na comparação com março de 2023, houve recuo de 1,5%.

Outras atividades

Entre as atividades do varejo, sete das oito áreas pesquisadas tiveram resultado negativo.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destaca, entretanto, que houve predominância de grupos que ficaram estáveis. “Das oito atividades do varejo, quatro tiveram taxa com sinal negativo, mas que também são consideradas estáveis estatisticamente. Isto é, ficaram entre de 0% e -0,5%. Contando o varejo ampliado, foram cinco de 10” explica.

O grupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve a maior queda do mês, recuando 8,7% em comparação com fevereiro.

Segundo Cristiano, o grupo vinha de uma base mais alta, principalmente conquistada em janeiro. Além desse efeito-rebote, há um outro fenômeno: um novo momento de valorização do dólar. “É algo muito influente nesse setor por conta das importações. Sempre que o dólar sobe em relação ao real, naturalmente há um aumento de preços que acaba afugentando a demanda neste grupo", justifica o pesquisador.

A segunda maior queda de março veio do setor de Móveis e eletrodomésticos (-2,4%), que também registrava resultados positivos nos últimos meses, diferente da trajetória do ano passado, quando as atividades foram bastante afetadas pela crise de lojas de departamentos que reduziu lojas físicas de grandes cadeias. “Como o setor teve um Natal menos intenso, acabou apostando no aumento de promoções, que fortaleceu as vendas nos meses de janeiro e fevereiro. Com essa base mais alta, em março a pesquisa registrou esse rebatimento”, detalha Cristiano.

Outras atividades com queda foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,6%). Com taxa negativa, mas estatisticamente estáveis ficaram os setores de Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).

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postado em 08/05/2024 10:07
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