O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, o banco central americano, decidiu nesta quarta-feira (1º/5) pela manutenção dos juros básicos da economia do país em seu atual patamar, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime entre os membros do comitê e esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.
A medida veio em linha com o que já era esperado pelo mercado. Essa é a sétima vez consecutiva em que a taxa é mantida. Em comunicado, o Fomc afirmou que não é apropriado reduzir os juros até ganhar mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta. “Nos últimos meses, não houve progresso em direção à meta de inflação a 2%”, apontou o comunicado.
Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que a economia fez progressos consideráveis em direção à meta, mas que “o progresso não está garantido”. “Até agora as leituras de inflação deste ano não nos deram tanta confiança. Reduzir os juros cedo demais ou muito ou tarde demais ou muito pouco ambos têm riscos. A política está bem posicionada para lidar com os riscos e incertezas que enfrentamos”, afirmou.
A grande novidade no comunicado do Fomc foi o anúncio da redução do balanço do FED, de US$ 60 bilhões para US$ 25 bilhões por mês, a partir de junho, menos do que o esperado, o que pode ter ajudado a dar algum ânimo inicial no mercado, já que a liquidez será maior do que a prevista.
Segundo Powell, desacelerar o ritmo de redução do balanço do FED garantirá uma transição suave para os mercados. Ele também não garante que haverá cortes de juros este ano. “A política monetária restritiva precisa de mais tempo para fazer seu trabalho. Estamos em paz de que faremos o que achamos certo quando acharmos certo”, destacou.
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