O avanço da tecnologia e, em particular, o papel da Inteligência Artificial (IA), estão moldando o futuro e as novas tecnologias do Brasil. Em participação no CB.Debate: Inteligência Artificial e as Novas Tecnologias, evento promovido pelo Correio Braziliense em parceria com o Sebrae, nesta terça-feira (30/4), Carlos Jacobino, fundador e sócio da holding ISG Participações e presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), provocou reflexões sobre a verdadeira natureza da IA e suas implicações na sociedade.
Jacobino apresenta como exemplo a capacidade da IA de diagnosticar condições médicas com maior precisão do que especialistas humanos. O presidente da Sinfor contou o caso de uma mulher cujas imagens de exames foram processadas por um algoritmo de IA, detectando um câncer de mama cinco anos antes do diagnóstico de médicos.
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“A inteligência tem um potencial de transformação e impacto na vida das pessoas. Temos potenciais incríveis, principalmente, na área da saúde. Hoje, a inteligência artificial é capaz de fazer um diagnóstico de imagem. Olha o potencial que isso tem!”, contou.
De acordo com Jacobino, a empresa dele tem se esforçado para aplicar IA na prevenção do suicídio. Por meio de modelos psicométricos, a tecnologia é capaz de avaliar o risco de ideação suicida de indivíduos de forma mais precisa do que métodos convencionais. Ao contornar as limitações da avaliação humana, a IA pode identificar sinais precoces de problemas emocionais e psicológicos, potencialmente salvando vidas.
“Nós investimos em uma tecnologia de inteligência artificial que é capaz de prever a ideação suicida. Existem modelos psicométricos, que são capazes de analisar o nível de uma determinada patologia emocional ou psicológica, como ansiedade, desesperança, depressão e até ideação suicida”, observou. “Quando estamos passando por uma avaliação, respondemos o que achamos que é o correto e o que o outro quer ouvir e, não necessariamente, a verdade”, completou.
Por mais que haja desafios éticos associados à IA, como a disseminação de desinformação, especialmente durante períodos eleitorais, Jacobino enfatizou a importância de fundamentar o desenvolvimento tecnológico em princípios éticos, garantindo que a IA seja utilizada para o bem da sociedade. “Cabe a nós basearmos o que vamos escrever em pilares éticos e não em tecnologias”.
Jacobino fez uma provocação: "O que não é a inteligência artificial?". Inspirado nas palavras do cientista brasileiro Miguel Nicolelis, questionando a concepção comum de IA como algo "inteligente" e "artificial". A inteligência é uma propriedade inerente aos seres vivos, derivada de sua natureza orgânica e biológica. Esses sistemas simulam atividades realizadas por seres humanos, mas não possuem a verdadeira inteligência dos organismos vivos.
“A IA não é inteligente e nem artificial. Essa não é uma ideia minha, mas ele explica que a inteligência é uma propriedade dos seres vivos. A definição de um sistema especialista é um sistema que simula uma atividade que, geralmente, é feita por um ser humano”.
Veja o evento
*Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori
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