A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, uma alta de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, quando estava em 7,4%. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma redução da população ocupada do país.
Esse contingente recuou 0,8% na comparação trimestral, impulsionando o aumento da taxa de desocupação. Isso ocasionou um aumento no número de pessoas em busca de trabalho, e a chamada população desocupada cresceu 6,7% frente ao ano anterior, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho.
Apesar da alta na comparação trimestral, essa taxa de desocupação foi a menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando chegou a 7,2%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa de desemprego estava em 8,8%.
Carteira assinada
Mesmo com redução da população ocupada, o número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre móvel anterior, permanecendo em 38,0 milhões.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “a estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada”.
Rendimento segue em alta
O rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. Entre os grupamentos de atividade investigados as altas mais expressivas foram nos setores de transporte, armazenagem e correio, outros serviços e serviços domésticos. Os demais grupos não tiveram variação significativa.
A massa de rendimento real habitual, que é a soma dos rendimentos de toda a população ocupada no país, foi estimada em R$ 308,3 bilhões. O resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023 e cresceu 6,6% na comparação anual.
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