Conjuntura

Inflação do aluguel: IGP-M sobe 0,31% em abril, após dois meses de deflação

Segundo o indicador da FGV, que mede a inflação responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel, o crescimento foi motivado pela aceleração de commodities

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), indicador que mede a inflação responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, registrou alta de 0,31% em abril, após dois meses de deflação. Segundo o indicador, divulgado nesta segunda-feira (29/4) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o resultado se deu com a aceleração de commodities.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, avançou 0,29% em abril, abandonando queda de 0,77% vista em março.

“Vários produtos essenciais registraram movimentações significativas no último levantamento do índice ao produtor. Entre eles, destacam-se aumentos no preço do cacau, que saltou de 19,92% para 63,63%, e do café, que foi de 0,62% para 9,57%, além da soja, que passou de -0,47% para 5,66%”, destaca André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, ganhou 0,32% em abril, acelerando em relação à taxa de 0,29% observada em março. “No índice ao consumidor, os alimentos in natura continuam sendo um dos maiores contribuintes, com destaque para o tomate, que variou de -0,36% para 16,19%, e o mamão, que aumentou de 3,17% para 25,55%”, observa Braz.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,41% no mês, contra avanço de 0,24% em março. O principal destaque foi o grupo mão de obra, cuja taxa de variação subiu de 0,23% para 0,74%.

Com esse resultado, o IGP-M acumula declaração de 0,60% no ano e de -3,04% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,95% no mês e acumulava queda de -2,17% em 12 meses anteriores.

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