O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (25/4) que o governo vai reorganizar o orçamento para garantir R$ 500 milhões por ano para financiar pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa. O volume de recursos é o necessário para manter os 1 mil projetos tocados atualmente pela estatal.
Segundo a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o orçamento atual é de apenas um terço desse montante. Ela defende que a empresa precisa de um modelo sustentável para o custeio das pesquisas.
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"O que o presidente [Lula] nos convocou é: vamos apertar aqui ou acolá, ele vai nos dizer onde é o caminho, para a gente trazer mais um pouco de recurso", declarou o ministro Fávaro a jornalistas após evento em celebração dos 51 anos a Embrapa. Na cerimônia, Lula cobrou que o governo ouça as demandas da empresa e aumente o investimento.
Além de reorganizar o orçamento público, Fávaro também disse que busca aumentar a participação do setor privado. Para ele, não dá para resolver a questão com "varinha de condão", mas destacou que o governo já realizou concursos públicos para a Embrapa e também a incluiu no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), para que a empresa receba R$ 1 bilhão nos próximos anos para projetos de infraestrutura.
"Ciência e tecnologia se faz para pessoas. R$ 500 milhões é nada, desculpe a sinceridade, perante tudo aquilo que a Embrapa faz para o Brasil. Acontece que o orçamento público, responsabilidade fiscal, é uma dificuldade de superar", pontuou.
Durante seu discurso no evento, o ministro também prometeu que não haverá terceirização em cargos de pesquisa da Embrapa.
Pesquisa
"A Embrapa hoje precisa de mais recursos. Ela cresceu muito. A empresa hoje tem muitos desafios, projetos. Trabalhamos com sistemas integrados, consorciados, com várias cadeias produtivas", comentou Silvia Massruhá, ao lado de Fávaro.
Segundo ela, os 1 mil projetos científicos em andamento demandam R$ 500 milhões por ano para avançar, e a empresa possui apenas um terço disso atualmente, algo em torno de R$ 170 milhões. Questionada, ela frisou que a falta de recursos não paralisou o andamento das pesquisas.
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