O governo federal trabalha com a previsão de obter R$ 6 bilhões com a distribuição de dividendos pela Petrobras. Por ser o acionista majoritário da empresa, a União tem direito a receber uma parcela de 28,67% em relação ao que for distribuído pela companhia. O valor total de dividendos extras da petrolífera é de R$ 43,9 bilhões e, com a distribuição de 50% desse valor, estima-se que cerca de R$ 21,9 bilhões devem ser repassados aos acionistas.
Na noite de sexta-feira (19/4), o Conselho de Administração da Petrobras definiu o pagamento de metade do valor de dividendos extraordinários que haviam sido totalmente retidos. Apesar disso, a distribuição ainda depende da aprovação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da empresa, que vai ocorrer na próxima quinta-feira, dia 25 de abril.
De acordo com uma nota publicada pela empresa na noite de sexta, a decisão de pagar 50% do valor de extraordinários aos acionistas foi baseada em critérios técnicos, como a evolução no preço do barril de petróleo, o câmbio estabilizado, além de outros fatores. Diante disso, as preocupações com a capacidade financeira da empresa a curto, médio e longo prazo estão dirimidas, de acordo com o conselho.
Caso seja aprovada na AGE, a pauta seria uma vitória para a equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi um dos responsáveis por apaziguar as tensões entre o chefe da pasta de Minas e Energia, Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que ganhou sobrevida no cargo, após uma crise interna com seu nome dentro do governo.
A estimativa de ganho de R$ 6 bilhões é avaliada positivamente pela equipe de Haddad na busca pelo equilíbrio das contas públicas e da meta de déficit zero, reforçada pelo ministro da Fazenda no último dia 15. Nesta ocasião, a equipe econômica reavaliou a expectativa de meta fiscal para 2025, de 0,5% para zero.
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