Os professores de universidades e institutos federais recusaram, nesta sexta-feira (19/4), a nova proposta de reajuste salarial para a categoria, feita pelo Ministério da Inovação e Gestão em Serviços Públicos (MGI). A categoria avalia que a proposta ainda é suficiente e, portanto, a paralisação dos professores ainda segue em mais de 60 universidades.
A proposta inicial do governo era de conceder dois reajustes de 4,5% nos próximos dois anos (2025 e 2026). Com o aumento de 9% implementado no ano passado, o reajuste total durante os quatro anos seria de 19%. No entanto, a nova proposta estipula um aumento salarial de 9,5%, já a partir de janeiro de 2025, e mais um de 3,5% em maio do ano seguinte. Ao todo, o reajuste seria entre 22,97% e cerca de 26%, considerando alguns outros níveis da categoria.
O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Lopez Feijóo, afirmou que, durante a reunião ocorrida com os professores na tarde desta sexta, a categoria reconheceu que a proposta avançou consideravelmente, mas que ainda é insuficiente, diante das reivindicações da categoria.
Técnicos-administrativos também continuam em greve
Mais cedo, foi a vez dos servidores técnicos-administrativos das universidades e institutos federais se reunirem com o governo para tratar sobre o tema. A categoria está em greve desde março e reajuste e também negou a nova proposta do governo.
Eles também pedem um reajuste de 22,71% - o valor não leva em consideração os 9% em 2023 - que seria parcelado em três vezes de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros membros do governo federal já haviam informado que não seria possível conceder o aumento neste ano, devido à falta de espaço no orçamento.
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