SALÁRIOS

Negociação com ministério não avança e greve de servidores deve continuar

Parados desde março, servidores técnicos de universidades e instituições federais se reuniram nesta sexta (19/4) com representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI)

Servidores técnicos-administrativos de universidades e institutos federais reprovaram as propostas oferecidas pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) após reunião realizada entre representantes da pasta e sindicatos nesta sexta-feira (14/4), em Brasília. Em greve desde março, a decisão sobre manter ou não a paralisação será anunciada em assembleia organizada por cada sindicato.

No caso da área técnica da Universidade de Brasília (UnB), a assembleia do Sindicato dos servidores técnicos-administrativos da Universidade de Brasília (Sintfub) será realizada na terça-feira (23/4). A tendência, projetada pela categoria, é de continuação da greve. 

Enquanto havia a negociação da mesa específica do Ministério da Gestão e Inovação com os servidores técnicos-administrativos, funcionários públicos da educação federal realizavam manifestação em frente ao prédio da pasta. O protesto tem o objetivo de cobrar reajuste salarial de 22,71% (o valor não leva em consideração os 9% pagos em 2023), dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026 e reestruturação da carreira da categoria.

Divergência com o sindicato

Nas negociações entre governo e sindicatos de técnicos-administrativos da educação federal, não houve acordos no quesito salário. Em contraproposta ao reajuste proposto pelos sindicatos, o MGI ofereceu aumentos de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Esses percentuais seriam somados a um aumento de 9% já concedidos no salário de 2023. Ao todo, daria um valor em torno de 22,97% (somado os valores acumulados em cada ano sobre o aumento do ano anterior). 

Essa proposta foi maior do que as apresentadas anteriores. Isso porque, nas últimas reuniões, o governo falava em aumento de 9% divididos em parcelas de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Nesta ano, no entanto, o Ministério da Gestão negou a possibilidade de iniciar reajustes.

O fato de não iniciar o processo de reajustes em 2024 causou a divergência entre sindicatos e o governo. O Correio apurou que, na reunião com o MGI, nenhum negociador se colocou favorável à proposta de reajuste salarial do governo. Outro ponto discutido na reunião foi a reformulação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

A proposta apresentada pelo governo ainda não foi detalhada pelos sindicatos. Assim como a ideia de reajuste salarial colocada na mesa pelo Ministério da Gestão, o PCCTAE será discutido nas assembleias organizadas por categorias de técnicos-administrativos.

 

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