Conjuntura

Setor de serviços decepciona e recua 0,9% em fevereiro, aponta IBGE

A queda acontece após três meses de avanço no setor, acumulando um ganho de 1,5%. Quatro das das cinco atividades pesquisadas mostraram desempenho negativo no mês

Após três meses de alta, o volume de serviços prestados no país recuou 0,9% em fevereiro. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta sexta-feira (12/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da queda, o segmento apresenta um crescimento de 2,5% em relação a fevereiro de 2023.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,2%. Quatro das cinco atividades pesquisadas mostraram desempenho negativo no mês: a atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares recuou 1,9%, enquanto o setor de informação e comunicação encolheu 1,5%.

As demais atividades com recuo em fevereiro foram transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%). Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram variação positiva, de 0,4%.

De acordo com o analista da pesquisa, Luiz Almeida, o resultado de fevereiro é fruto de um movimento de compensação após meses de alta, quando o setor acumulou um ganho de 1,5%. “É uma descontinuação dos ganhos anteriores. Como observamos, por exemplo, na atividade de profissionais, administrativos e complementares”, afirmou.

No caso dos serviços profissionais, administrativos e complementares, por exemplo, houve um crescimento forte em janeiro por conta do pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas. “Como não houve essa receita em fevereiro, acontece esse retorno ao patamar anterior”, explicou Almeida.

Turismo

O índice de atividades turísticas, por sua vez, recuou 0,8% em fevereiro, no segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,8%. O segmento encontra-se em 2,2% acima do patamar pré-pandemia e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, houve equilíbrio, com seis dos 12 locais pesquisados acompanhando a retração nacional. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo, seguido por Santa Catarina, Ceará e Minas Gerais. Em contrapartida, Distrito Federal e Bahia assinalaram os principais avanços.

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