IPCA

Inflação desacelera e sobe 0,16% em março, abaixo do esperado

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. Novamente, o maior impacto do mês veio de alimentação e bebidas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,16% em março. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (10/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número representa uma desaceleração ante o mês anterior, quando marcou 0,83%.

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. Novamente, o maior impacto do mês veio de alimentação e bebidas, com alta de 0,53% e peso de 0,11 ponto percentual (p.p.) no índice geral.

Segundo o gerente da pesquisa, André Almeida, a desaceleração do índice geral frente ao mês anterior é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março.

“No caso da alimentação, problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, destacou o pesquisador. A alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola, do tomate, do ovo de galinha, das frutas e do leite longa vida.

Queda nos transportes

O grupo transportes inverteu o sinal e passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. De acordo com a pesquisa, o resultado foi influenciado por um recuo nos preços da passagem aérea de 9,14%. Além disso, a gasolina saiu de uma alta de 2,93% para 0,21% no último mês.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%. O resultado veio abaixo do esperado por analistas de mercado, que estimavam inflação de 0,25% na comparação mensal e 4,01% em 12 meses.

Resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 0,53%;
  • Habitação: 0,19%;
  • Artigos de residência: -0,04%;
  • Vestuário: 0,03%;
  • Transportes: -0,33%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,43%;
  • Despesas pessoais: 0,33%;
  • Educação: 0,14%;
  • Comunicação: -0,13%.

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